quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Termas Populares - Águas da Ferradura

Quem dos Serpenses mais velhos ou mais novos não terá ouvido falar nos benefícios das águas de Ferradura.
Ora vamos lá saber onde são e porque são tão famosas estas águas.
A localização:
A três km de distancia de Vila Verde de Ficalho, Concelho de Serpa, na Estrada Nacional 385 na direcção do Sobral da Adiça, existe um portão (informação disponibilizada em 2002) com a designação de "Herdade do Pé da Serra" franqueado-se aquela passagem percorrem-se mais 2 Km por estrada de terra batida encontrando-se de seguida a Herdade de Barros e Ferradura, a propriedade é particular mas o seu dono franquia a entrada aos aquistas, graciosamente o que nos dias de hoje é de louvar. A poça de água, designada por nascente 524N5, é conhecida e utilizada desde há muito tempo e consta de relatório de Inspecção de Aguas Termais de 1947, tem a configuração de uma ferradura, cerca de 12 metros de diâmetro e as suas águas são bicarbonatadas sódicas-magnesianas, trata-se de uma escavação em que água se encontra 2 metros abaixo do solo. As nascentes são três mas a poça nunca transborda. No fundo da poça existe uma argila gordurosa utilizada para dores musculares, reumatismo e doenças de pele e embora a maioria a use as aguas aquecidas, para banhos, há também quem tome agua e dizem, chegam a curar-se de doenças do fígado.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

1ª. Condessa de Ficalho, musa de Luis de Camões e outros Poetas

Rezam as Crónicas que Dª Francisca de Aragão, 1ª Condessa de Ficalho, terá nascido nesta casa, na Vila de Quarteira, Algarve, por volta do ano de 1536
Com a idade de 13 anos vai para a Corte, ficando ao serviço de Dona Catarina, mulher de D. João III.

Dizem que ofuscava com a sua beleza a própria Infanta Dª Maria, sendo por isso, adulada pelos poetas do seu tempo como nos dá conta o Cancioneiro Geral.
Poetas como Pedro Andrade Caminha, D. António de Almeida, D. Jorge de Meneses entre outros e, mesmo o grande Luís Vaz de Camões, se perderam de amores por D. Francisca. Foi D. Francisca que  de uma vez o desafiou o poeta com o mote: "Mas porém a que cuidados" a que o fogoso e temperamental "Trinca Fortes" alcunha de Luís de Camões, aceitando o repto lho devolveu, acompanhados de uma carta onde é bem patente a admiração que este lhe tinha.
Transcreve-se a composição que Camões escreveu:

« Que vindes em mi buscar,
cuidado, que sou cativo
e não tenho que vos dar ?
Se vindes a me matar
já há muito que não vivo;
se vindes, porque me dais
tormentos desesperados,
eu, que sempre sofri mais
não digo que não venhais:
mas porém a quê, cuidados?»

Desenvolve-se entre eles uma "terna amizade-amorosa" como classifica Julio Dantas, que só não se transforma em paixão porque a Rainha ao aperceber-se afastou da Corte Luiz Vaz enviando-o para as campina do Ribatejo.
D. Francisca casou com o seu primo D. João de Borja, embaixador na Corte Austríaca, para onde partiu nunca mais vendo o poeta. Dizem que quando quatro anos depois soube da sua morte o chorou com sentidas lágrimas.

Serpenses Ilustres (Figuras da nossa Terra) III

Neste caso não se tratará muito bem de um Serpense mas de Dª. Francisca de Aragão, primeira Condessa de Ficalho.

O titulo de Conde de Ficalho, neste caso Condessa de Ficalho, foi outorgado em 1599 por Filipe I, de portugal e segundo de Espanha que o concedeu a Dona Francisca de Aragão, filha de Nuno Rodrigues Barreto, alcaide-mor de Faro e Vedor da Fazenda do Algarve, terá nascido em 1536/37 e segundo reza a história foi uma das mulheres mais belas da Corte.
Dona Francisca de Aragão tinha ascendência régia já que era neta por parte da mãe do Mestre da Ordem de Calatrava, D. Afono de Aragão, filho bastardo de D. João II Rei de Aragão.
Foi para a côrte ao serviço de Dona Catarina esposa de D. João III de Portugal, tendo casado em 1576 com o seu primo D. João de Borja, Conde de Mayalde, figura eminente na Corte de Filipe I.
Mercê dos serviços prestados à Rainha Catarina  de Portugal e depois à Imperatriz de Espanha Dona Maria, foi D. Francisca de Aragão agraciada com o titulo de Condessa de Ficalho após a criação daquele condado.
Por  morte de D. Francisca herdou o condado de Ficalho o seu  filho segundo D. Carlos, o qual foi Presidente do Concelho de Portugal em Madrid.
Faleceu D. Francisca no dia 19 de Outubro de 1615, ficando sepultada no Colégio de Santo Inácio em Valladolid
O Titulo outorgado de juro e herdade, foi extinto em 1692, com a morte sem descendência do 4º Conde
de Ficalho.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

AFINAL... QUEM SOU EU

Gostaria de ser uma luz na tua vida,
Uma luz bem reluzente, ali nos lados do forte,
Luz da cidade, aquela que sempre amei, e amo até à morte
Gostava de ser a luz, essa luz que ilumina, mas está ferida...

Mas sou apenas uma triste sombra embranquecida,
Que o destino duro e amargo deu ao mundo em sorte,
Impelido pela força da natureza divina, vivi no forte,
Esquecido no mundo, fiz o meu luto de esperança perdida!...

Sou aquele que passa na rua, mas baixo a "crista"...
Porém, sou mais um que vem para rever...
Tão linda e tão bela que é a Rua da Boa Vista.

Se calhar sou uma visão com quem alguém sonhou,
Que veio até cá para mais sonhos não ter,
E continua a procurar alguém que nunca encontrou!

F. Felizardo
Setembro 2013

PORTUGAL - SERPA

Se fores um dia a Serpa.wmv