JOSÉ
MARIA ESPARTEIRO, (de alcunha “Armónio” por motivo das suas
pernas arcadas) nasceu em 6 de Junho de 1915 na freguesia de Santa
Maria, filho de José Maria Esparteiro e de Catarina de Assunção
Machado Esparteiro.
Tendo
ficado órfão de pai aos 18 anos, assumiu no matadouro da vila o
cargo do pai, fiscal do mercado e do matadouro na Câmara Municipal
de Serpa.
Casou
aos 22 anos com Luísa Pereira Nogueira, com a qual teve 4 filhos :
José Maria (o Zeca), Ana Rita (Aninhas), Maria Luísa (Luisinha ) e
a benjamim, Diva Nogueira Esparteiro (sem diminutivo porque o nome
já é pequeno )
Aprendeu
a profissão de serralheiro, as janelas e porta do Café Alentejano
são uma das suas obras assim como os candeeiros do interior do mesmo
café, desconheço se serão ainda os mesmos que lá podemos ver.
Com
o cargo de Zelador Municipal da CMS, tinha a seu cargo um conjunto de
trabalhos desde fiscal de obras , canalizador, electricista, era um
polivalente.
Conhecia
como ninguém toda a rede de abastecimento de água. Foram da sua
responsabilidade as primeiras iluminações para as festas da Páscoa
no edifício dos Paços do Concelho as quais fizeram um enorme
sucesso, caso curioso esta instalação foi feita de uma forma
invulgar, de cabeça para baixo a partir dos beirais do telhado
Quem
dispensa o som do Relógio da Torre? Pois saibam que era o Sr José
Esparteiro que tinha a seu cargo dar corda ao relógio, dia sim dia
não subindo os 52 degraus.
Antes
da sua aposentação ainda teve um louvor dado pelo Presidente da
Câmara. Era sócio da Banda
e da Sociedade Luso União Serpense.
Faleceu
a 12 de Setembro de 1983
No
Restaurante Molhó Bico existem uns versos escritos pelo Sr António
Jacinto Afonso, cuja
4ª estrofe contém o nome deste nosso patrício:
Logo
atrás o Zé Esparteiro
Que
vem feito “num chinelo”
Procura
o Zé Cantoneiro
E
aparece-lhe o “Martelo”